segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Presidentes da República - João de Canto e Castro!

João de Canto e Castro (1918-1919) - Não fazia a mínima ideia que a Escola de Alunos Marinheiros tinha funcionado em Leixões, mas é o que diz a biografia deste 5º Presidente da República Portuguesa e da qual ele foi dirigente nos primeiros tempos da república. Fez a Escola Naval, percorreu o Império Português de lés-a-lés, chegou a almirante e foi também governador de Moçambique. Foi também comandante da Escola de Artilharia Naval que funcionava a bordo da fragata D. Fernando, a famosa «Fragata» que estava fundeada no meio do rio Tejo, quando eu andei na Marinha, e que serviu de escola a alguns dos meus camaradas fuzileiros.
Já como Presidente da República foi tão rápida a sua passagem que quase nem se dava por ele, apenas dez meses à frente dos destinos do nosso país. Nesses conturbados tempos que sucederam à monarquia era assim mesmo, ninguém aquecia o lugar. Monárquico convicto passou o seu mandato a lutar contra os revoltosos que por várias vezes tentaram repor a monarquia, ou seja, lutando contra os seus próprios princípios. Foi membro do Parlamento, durante o reinado de D. Carlos e foi convidado para Ministro da Marinha, por Sidónio Pais, cargo que assumiu pouco tempo antes do assassinato do presidente, a quem depois sucedeu.
Procurei, mas não encontrei a razão por que durou tão pouco no cargo. Talvez tenham sido convocadas eleições por causa do assassinato de Sidónio Pais e este presidente tenha ocupado o cargo apenas enquanto estas não se realizaram e era escolhido um novo presidente. A lógica seria que ele também concorresse e, estando no cargo, ganhasse as eleições, mas nada encontrei a esse respeito naquilo que li.

1 comentário:

  1. Um presidente lutando contra os seus princípios. Certamente, não se sentirá confortável no cargo que ocupa? Sendo, talvez, esse o motivo da sua não continuidade?

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